Vereadores Júnior Geo e Folha discordam em tribuna da atual realidade da rede de ensino municipal. O líder de governo não concorda com as pautas expostas, Júnior Geo defende as colocações da categoria.
Por Gabriela Melo
Em tribuna, o líder de governo Folha (PTN) levantou pautas referentes ao indicativo de greve da rede de ensino municipal. Segundo o parlamentar, o Executivo já resolveu as questões expostas e não há o que reclamar. O vereador professor Júnior Geo (PROS) discordou e destacou mais uma vez a ausência de gestão adequada do poder público como causa das condições das escolas de Palmas.
O vereador Folha apresentou relatórios sobre seis Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) afirmando que as salas possuem ar condicionado e os problemas por falta de suporte elétrico são causados pela Celtins, não pelo Executivo. O parlamentar lembrou também que as outras pautas já foram resolvidas a exemplo de destinar 30% do orçamento da educação que foi promessa do prefeito e convidou a sociedade a discutir o assunto na Câmara no próximo dia 10.
Em resposta, Júnior Geo afirmou a necessidade dos aparelhos estarem ligados, visto que em boa parte das escolas citadas por Folha não permanecem ligados, não funcionam ou a rede elétrica não suporta. Além disso, as outras pautas não foram resolvidas e ainda discutidas com a categoria. O professor ressaltou o fato de o colega apresentar relatórios de seis escolas, sendo que a rede de ensino possui mais de 60. “Quando vier afirmar na tribuna, quero saber se está funcionando durante o período escolar, faço questão de ir. Falar da climatização na tribuna é fácil, estar na sala de aula e sentir as dificuldades, é outra história”, afirmou.
Reivindicações dos professores
O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), Joelson Pereira declarou que o Sindicato tem tentado destravar as pautas e buscado diálogo desde o início da gestão, mas não obteve sucesso. A situação teria se agravado após a aprovação do projeto relacionado aos monitores e a diminuição do quantitativo de funcionários nas escolas. Segundo Joelson, se o governo não atender as pautas a contento até o próximo dia 15, haverá outra assembleia para deliberar sobre a greve. O prazo é para dar ao Executivo oportunidade de resposta.
As pautas envolvem a revogação do projeto “salas integradas” referente aos monitores, cumprimento integral do PCCR (eleições para diretores escolares, pagamento das progressões e titularidades e o fim da Meritocracia), 30% do orçamento para educação como prometido e não cumprido até o momento.