Domingo, Novembro 24, 2024

“Ou existe um ato de loucura ou uma tentativa de ludibriar a sociedade e a justiça”, afirma Júnior Geo sobre a atual situação da Câmara

Após mais de dois meses sem votação por falta de quórum na Câmara, os vereadores votaram duas matérias seguidas pelo esvaziamento do plenário pelos parlamentares da base aliada para impedir o andamento dos trabalhos.

Por Gabriela Melo

O vereador professor Júnior Geo (PROS) fez uso da tribuna na sessão desta quarta-feira, 25, para questionar o comportamento dos colegas quanto aos trabalhos legislativos impedidos na Casa. Há mais de dois meses os vereadores da base aliada do prefeito Carlos Amastha (PSB), insatisfeitos com o novo formato das comissões que não os beneficia, questionam a interpretação do regimento interno e esvaziam as sessões impedindo votações de diversos projetos e requerimentos.

Na reunião para revisar o novo formato, os vereadores da base que atualmente questionam ser minoria nas comissões, assinaram em acordo com a decisão.  Após o acontecido, entraram com uma ação judicial e tiveram resposta ontem. A justiça decidiu não intervir nas decisões da Casa de Leis, tendo em vista o amparo dado pelo próprio regimento para que resolvam os impasses.

Geo criticou a ação de não dar andamento aos trabalhos legislativos. “Ou existe um ato de loucura ou uma tentativa de ludibriar a sociedade e a justiça”. O parlamentar ressaltou que 16 vereadores assinaram a lista de presença e a maioria se retirou durante a sessão. Clamou, ainda, por consciência no voto. “Enquanto a sociedade votar em representantes por interesses particulares continuará tendo representantes de interesses particulares e não coletivos. Espero eu que possam rever os votos para que procurem candidatos que representem de fato”, afirmou.

Votações

Devido a existência de quórum, o presidente da Câmara, Rogério Freitas (PMDB), deu início às votações. Folha (PSD), insatisfeito, se retirou deixando ainda 10 vereadores que possibilitavam os trabalhos. Após a votação de duas matérias, Iratã Abreu (PSD) também se retirou impedindo a continuação.

Após o retorno ao trancamento da pauta, por conta de Medidas Provisórias do próprio Executivo que venceram o prazo de tramitação na Casa, o líder governista, Folha, retornou com os ânimos alterados para externar suas indignações. Os vereadores Júnior Geo e Joaquim Maia (PV) se retiraram do plenário em protesto ao comportamento do colega.  Alguns dos cidadãos presentes na galeria da Casa para assistir a sessão acompanharam o protesto. No final da fala de Folha, Geo, Maia e os cidadãos voltaram, mas Folha se retirou.

As matérias votadas foram a MP n° 05 que autoriza concessão de auxilio pecuniário para compra de equipamentos aos servidores da saúde, e o Projeto de  Lei n° 156/2015 que institui no calendário oficial de eventos no município de Palmas o dia do casamento civil comunitário e dá outras providências, de autoria do Pastor João Campos.

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