O vereador professor Júnior aproveitou o momento de prestação de contas sobre a gestão da saúde na Câmara para cobrar ações efetivas para veículos parados, estrutura precária, concursados não nomeados e informações não disponibilizadas
Por Gabriela Melo
“O Samu demora a chegar, mas se não tem veículo, como chega?”, afirmou o vereador professor Júnior Geo (PROS) ao cobrar ações e respostas do executivo para as questões irregulares na saúde do município de Palmas. As cobranças vieram na Audiência Pública para prestações de contas nesta terça-feira, 31, na Câmara Municipal de Palmas.
Na ocasião, Geo apontou a existência de veículos parados na garagem do município, dentre eles, quatro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), um carro do modelo Siena, um Fiat Doblô e uma caminhonete. O parlamentar afirmou que enquanto os serviços estão escassos, demandas não são correspondidas e a saúde precisa de suporte. “Os veículos deixam de prestar serviços à sociedade e se encontram na garagem encostados” destacou.
O parlamentar citou visitas feitas ao Núcleo de Assistência Henfil, responsável pelo tratamento de pacientes com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)e outras doenças por infecções em Palmas, e a verificação de uma estrutura precária que limita o atendimento ao público. Segundo ele, foi constatado um prédio inadequado, falta de profissionais e falta de recursos que aparentemente, deixaram de ser repassados.
Não nomeação dos aprovados em concurso
O secretário de saúde do município, Nésio Fernandes, destacou em meio a sua prestação de contas, a necessidade de servidores concursados e os benefícios ao município com os que já são efetivos. Mas Júnior Geo lembrou que apesar de os gestores afirmarem a valorização dos efetivos, se contradizem quanto decretam ausência de necessidade e recursos em chamar os aprovados em cadastro reserva do quadro da saúde e contratarem a empresa Fisiocorp para ocupar o lugar dos concursados.
Falta de informações do Executivo
Por fim, Geo lembrou a dificuldade enfrentada ao buscar informações sobre os atos do Executivo e seus gastos, por exemplo, para exercer a função fiscalizadora inerente ao cargo parlamentar. Há uma representação protocolada no Ministério Público do Tocantins denunciando esta falta de resposta para dar transparência aos atos públicos. Segundo o parlamentar, a única resposta que teve dos secretários é que não haveria respostas.
Resposta
O secretário de saúde lamentou o direcionamento dos questionamentos, alegando desvio do assunto. Afirmou que o município não enfrenta problemas com os carros que ficam parados são reserva técnica e que possuem mais de seis carros disponíveis para atendimento. Em resposta a cobrança sobre os concursados, Fernandes afirmou que a folha de pagamento não suportaria as nomeações. Não se pronunciou quanto aos contratados, nem mesmo quanto ao decreto da prefeitura, mas anunciou ter descoberto uma nova possibilidade de recursos de origem federal para a saúde que poderá ser aplicado à folha, mas não no atual momento. “Temos um compromisso técnico com o que é correto”, destacou o gestor da saúde que está no cargo há pouco mais de um mês.
