Sábado, Novembro 23, 2024

Professores municipais mantêm indicativo de greve até o fim do mês e aguardam respostas do executivo

A categoria se reuniu em assembleia para discutir as respostas dadas às pautas do indicativo de greve pelo executivo. A decisão foi apresentar contrapontos relativos à realidade apresentada e buscar ações do executivo.

 

Por Gabriela Melo

Em assembleia na última terça-feira, 15, no Rancho Bahia, os professores da rede de ensino municipal discutiram os rumos do indicativo de greve e as respostas encaminhadas pelo poder público municipal. Na ocasião, foram debatidas as incoerências nas afirmações do documento encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), dentre elas o funcionamento do ar condicionado em períodos de aula, a discussão do Projeto Salas Integradas referente aos monitores e o pagamento do 1/3 de férias.

Segundo os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), o Projeto Salas Integradas não é adequado no formato de aplicação atual, pois precariza a educação, coloca os professores em situação desfavorável de trabalho e pelo desgaste causado deve apenas ser revogado. A resposta do 1/3 de férias também não teria sido coerente com a pauta, visto que não estão pedindo o pagamento de quem ainda não completou 12 meses de trabalho, mas dos que possuem o direito a esse pagamento e ainda não receberam, como estabelece a lei.

O técnico educacional da escola Paulo Freire, D’Almeida, apresentou a licitação elaborada para os aparelhos de ar condicionado nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) que, segundo ele, consta que os equipamentos deveriam ser entregues, instalados e estar em pleno funcionamento, mas não estão. “Não adianta ter ar condicionado e não funcionar, é uma condição mínima de trabalho que não temos”, afirmou.

O vereador professor Júnior Geo (PROS) esteve presente e apoiou a categoria. Para ele, a decisão de manter o indicativo de greve foi coerente para que realmente haja diálogo e não apenas propaganda para desviar da realidade, pois a categoria enviará os contrapontos e caso não solucionados, haverá a possibilidade de greve. “Só quem sabe a realidade da sala de aula é quem está lá. Portanto, devem ser escutados para permitir que a educação funcione com qualidade”, ressaltou o parlamentar.

O indicativo de greve na tribuna

Júnior Geo levou o acontecido à sessão na Câmara Municipal de Palmas nesta quarta-feira, 16, e comentou a presença volumosa de professores unidos em busca de soluções.  Para o vereador, a decisão foi sensata e dá a gestão um prazo para repensar as respostas das pautas e exercer o diálogo. “Poderiam ter deflagrado uma greve ontem, mas acreditaram que ainda havia espaço para negociação com a gestão municipal. A greve não é de interesse de ninguém, é de interesse de todos que o problema seja sanado, incluindo a gestão que só tem a ganhar com uma educação de qualidade”, afirmou.

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